A BRIGA
Então fitando os olhos nele fiquei sem palavras naquele momento pois não sabia o que lhe responder, por um lado fiquei contente por ele finalmente me oferecer aquilo que já a algum tempo eu tanto queria, porém por outro lado fiquei com vergonha de admitir para ele que era isso mesmo que eu desejava. Vendo o meu silêncio ele resolveu prosseguir no assunto:
— Olha me desculpe Aline não ter te beijado ainda é que eu tenho medo de você não gostar do meu beijo.
Suas palavras me surpreenderam deveras, porém me deixou com um pouco de dúvida o que me fez lhe fazer a seguinte pergunta:
— Nossa! Medo? Medo de que?
— Bom... Acho que já esta na hora de eu te contar... É que tipo assim eu não sei beijar ainda. Você já é mais experiente do que eu, você me ensina? — disse ele.
— Tudo bem, mas hoje não tá? Precisamos de mais privacidade pra isso e não quero fazer você passar vergonha beijando errado na frente dos outros — eu disse dando uma risadinha.
E assim ficamos, anoiteceu e ele voltou para a casa dele, porém antes de despedir-se disse estar se sentindo mais aliviado de ter me contado o seu segredinho.
O tempo foi passando e nada, nem eu chegava nele nem ele chegava em mim e naturalmente o nosso beijo nunca que rolava. Um dia enquanto nós conversávamos eu disse a ele que sentia vontade de abraça-lo, ele então tentando me abraçar abriu os braços e falou:
— Vem me abraçar então, só estou te esperando.
Só que eu timidamente e boba respondi:
— Ah não, eu não estou acostumada.
— Eis sua chance de acostumar então — lembrou-o.
— Ah... Estou com vergonha, deixa pra lá — respondi.
Teve até um dia que ele me convidou para ir à pizzaria com ele e eu fui, porém minha mãe quis ir junto e novamente a gente não se beijou do tipo nem um selinho ao menos.
Tudo bem eu podia chegar nele também e beija-lo e acabar logo com esse lengalenga, mas é que eu sou uma garota e por isso esperava ser beijada ao invés de eu ter que chegar nele, eu estava decidida que só iria considera-lo meu namorado depois que ele me tratasse como sua namorada. Aquilo foi me cansando aos poucos, a gente continuava se tratando como apenas amigos mesmo estando juntos.
Até que um dia eu não aguentei mais, era mais ou menos entre 12:00hs e 13:00 hs da tarde eu tinha entrado no Messenger e ele estava online e então veio conversar comigo, ele disse:
— Oi!
— Oi – respondi eu.
— Tenho um assunto muito sério pra conversar com você — ele disse.
— Fala aí então... — eu disse.
— É que eu preciso falar pessoalmente com você, não da pra conversar aqui — retrucou-o.
— Ou seja, nunca né? — perguntei.
— Nunca? Por que nunca? Você vai me deixar? — disse ele tristemente.
— Depois eu explico — respondi enrolando.
— Depois não, explica agora! — falou.
— Não da pra conversar sobre isso aqui também — retruquei.
— Eu vou sair do Messenger e vou te ligar— ele avisou.
Ele saiu do Messenger e imediatamente me ligou no meu celular, e eu atendi.
— Pronto, agora fala! — disse ele.
— Ah é o seguinte... É que não vai dar mais pra mim te ver estou tendo uns problemas com a minha família e tal e eu não quero ficar mas com você também — eu expliquei.
Pronto foi o que eu disse e o suficiente pra ele ficar super nervoso e me acusar de enganado e iludido ele, sem contar o tanto de ameaças que ele me fez naquele dia que eu nem vou comentar aqui. Depois de discutirmos por ligação continuamos a discutir por torpedos de celular e assim ficamos brigados um com o outro.
No dia seguinte recebi uma mensagem de celular da “amiguinha” dele pedindo pra eu ligar pra ela, eu liguei e ela veio me ameaçar de me bater, pois segundo ela eu estava fazendo o João sofrer, disse que não era pra eu mandar mensagem e nem ligar pra ele mas, alegando ser a nova namorada dele. E foi assim que eu e ele ficamos um bom tempo sem se falar.
Continua na próxima edição...
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